Estratégia

S E C Ç Õ E S

C O N T E Ú D O

Apresentação

Âmbito

Enquadramento

Missão

Estratégia

 


  ÂMBI TO, ENQUADRAMENTO E MISSÃO

 

ÍNDICE

 

APRESENTAÇÃO

ÂMBITO

ENQUADRAMENTO

MISSÃO

ESTRATÉGIA
 
 


APRESENTAÇÃO



Com este Documento, a Associação pretende tornar pública a sua existência, os seus objectivos, a sua estratégia e o seu âmbito de intervenção. 

Que se espera das Entidades (Empresas, Serviços, Governos, Organizações, Estabelecimentos de Ensino e Cidadãos) que tenham acesso a esta informação? 

  • que beneficiem dos serviços que a Associação proporciona à Sociedade Civil e a todos os seus elementos; 
  • que se associem e contribuam para aumentar a capacidade de servir da Associação; 
  • que apoiem as actividades da Associação pelos meios ao seu alcance. 

ÂMBITO

A Associação para o Desenvolvimento Sustentável e para a Gestão das Mudanças Globais faz parte da Terceira Força em presença nas decisões Sociais contemporâneas: a das Organizações Não Governamentais (ONG's) cuja acção se faz sentir junto dos Governos e das Empresas, fazendo participar a Sociedade Civil nos debates sobre o Mundo, o seu presente e o seu futuro, que em boa parte se decidem agora.

Esta participação assume uma grande diversidade de posições negociais e de contribuições, mas de um resultado podemos estar certos: a influência e o testemunho das ONG's têm sido decisivos para que as responsabilidades das decisões sobre a Sustentabilidade do Desenvolvimento no Planeta se vão tornando mais democráticas e apelem à responsabilidade de cada um e de todos os interessados no quadro das Sociedades Humanas, em síntese: para que participem da Gestão das Mudanças Globais.

 

 

O papel das ONG's tem sido relevante na intervenção defensiva e proactiva a níveis local e global, tal como tem constituído a legitimação científica e mesmo política de decisões e negociações em curso à escala Mundial.

É um facto que as alterações globais a que o Planeta está sujeito por acção antropogénica excedem claramente as fronteiras nacionais, mas as suas causas podem ser procuradas em todas as escalas, desde as políticas globais das grandes Empresas até às pequenas acções do nosso quotidiano.

Entre as grandes alterações estão as perdas aceleradas da diversidade biológica, as alterações climáticas, a exploração exaustiva de recursos naturais, a globalização da economia, a perda de controlo dos Estados sobre as acções das grandes Empresas multinacionais, a degradação da qualidade de vida e o empurrar para a miséria e insustentabilidade de regiões com milhões de habitantes, entre outras.

Se a globalização da economia é um dos factores decisivos no comportamento das Sociedades Humanas, hoje, reduzindo consequentemente e naturalmente o poder e o controlo dos Estados sobre a dinâmica das grandes Organizações, o desenvolvimento da actividade das Organizações Não-Governamentais traduz igualmente uma alteração ao conceito de Soberania, dado que o fundamenta cada vez mais na participação da Sociedade Civil, fornecendo aos Governos e aos interesses especificamente comerciais um conjunto diverso de perspectivas ideológicas, científicas e técnicas, para lá de acções de controlo, de avaliação e de colaboração. Este processo constitui um exemplo de participação e de construção do caminho para o desenvolvimento sustentável nas Sociedades Humanas e no grande ecossistema planetário.

Mas o Desenvolvimento Sustentável é apenas um Projecto, real para alguns poucos, provável para outros, utópico para muitos e uma total ignorância para muitos outros que lutam quotidianamente pela simples sobrevivência.

Contribuir para concretizar este Projecto define o âmbito de acção da ADSGMG.
 
 

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ENQUADRAMENTO

 
 

A Missão da Associação insere-se no Quadro concreto da análise estratégica da actual situação mundial e regional, relativamente ao desenvolvimento sustentável como o entendemos.

Este, por sua vez, não oferece objectivos ou indicadores concretos qualitativos e quantitativos a atingir.

No entanto, no enquadramento que referimos, identificam-se oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos, actores e factores de natureza muito diversificada onde têm de ser feitas opções e onde se podem definir uma Missão, Políticas, Objectivos e estabelecer Planos de Acção.

De um ponto de vista jurídico, a Associação para o Desenvolvimento Sustentável e para a Gestão das Mudanças Globais constitui-se no direito Português em Janeiro de 2000, com um âmbito de acção que não se restringe às fronteiras do País.

Assume-se que se pretende associar o Simbolismo das Descobertas em que os Portugueses foram pioneiros e que abriram caminho ao intercâmbio dos povos, das culturas e ao percurso histórico que conhecemos, a um novo simbolismo em construção - o da nova descoberta do Mundo em que vivemos e de que somos parte.

Esta nova descoberta atribui ao Mundo um novo valor na óptica do Homem. Este percebe que tem de reaprender a saber estar num Planeta que não é só seu. Há uma tomada de consciência alargada da importância da Terra como um Ecossistema, finito, permanentemente construído por teias intermináveis de interacções que constituem o suporte da nossa própria existência tal como a conhecemos.

E em simultâneo percebemos que a nossa existência está profundamente dependente de interacções no âmbito do Sistema Terra, que não controlamos nem explicamos, mas que podemos alterar de forma decisiva, pondo em causa todo o Ecossistema conhecido e desconhecido, e - necessariamente - pondo-nos em causa a nós próprios.

As grandes questões associadas a esta Redescoberta do Mundo estão intimamente ligadas a fenómenos observáveis:

  • crescimento Populacional incontrolado e desequilibrado face às condições de subsistência dos Povos e das Sociedades:
  • grandes migrações humanas;
  • pressão sobre recursos mundiais necessários ao equilíbrio climático e à conservação das espécies;
  • consumo descontrolado de Recursos naturais não renováveis;
  • consumo de recursos de forma não sustentável, como a destruição da água potável, o absurdo consumo energético do nosso quotidiano, a degradação dos espaços que habitamos, a passividade perante a agressão ao nosso bem estar e aos nossos recursos vitais;
  • perda de qualidade de vida (qualidade do ar, da água, da alimentação, da segurança do consumo de produtos);
  • criação de condições de insustentabilidade e de riscos potenciais para a preservação da diversidade biológica e para a sobrevivência de espécies, entre as quais a nossa;
  • proliferação de efeitos antropogénicos no conjunto de alterações que os indicadores climáticos revelam, como:
  • A desertificação e a redução de recursos disponíveis no Globo (de que o Alentejo português também é vítima);
  • O aumento médio da temperatura de águas oceânicas e a alteração de ecosistemas e perturbações climáticas (casos do desaparecimento de corais, de fenómenos como o da corrente marítima El Niño);
  • O desaparecimento de mares inteiros e as mudanças regionais no Clima, nos Recursos ecológicos, na sobrevivência das Sociedades Humanas;
  • o desaparecimento de espécies e a redução da diversidade biológica;
  • a contaminação dos seres vivos por substâncias químicas persistentes com efeitos perceptíveis nos vários Sistemas constituintes dos organismos vivos (imunológico, endócrino, etc.);
  • as alterações climáticas à escala global com o seu cortejo de acompanhamento, como sejam o fenómeno do buraco do Ozono, alterações localizadas da circulação global da atmosfera, fugas radioactivas, migração de organismos altamente perigosos, perda de indicadores biológicos;
  • a destruição de zonas costeiras e de stocks de recursos oceânicos com alteração significativa nos hábitos e riqueza nutricional dos povos;
  • a perda de qualidade de vida global nos espaços urbanos;
  • o debate em torno dos Modos de vida e das opções para as Sociedades ocidentais e industrializadas;
  • o debate sobre a equidade e a resolução de assimetrias.
Todas estas preocupações são do foro individual. Todo o indivíduo pode e deve assumir a responsabilidade pelo seu futuro. A imaginação e a criatividade de cada indivíduo, combinada com a crescente avaliação da responsabilidade social, pode mudar atitudes e, portanto, valores, que nos permitirão lidar com conflitos e crises.

Traduzindo o nível de consciência da necessidade de caminhar para a sustentabilidade, a espécie humana prepara-se para assinar um Contrato multigeracional com os seus descendentes e com o Planeta, no sentido de assegurar a sua capacidade de suportar a vida em condições de diversidade que lhe garanta sustentabilidade e de uma adequada gestão daquilo que são os bens comuns e livres. É precisamente este o objectivo das Convenções das Nações Unidas e das Instituições Internacionais criadas para elaborar e gerir os regulamentos do Contrato.

No entanto, este Contrato não será assinado num momento que se eternizará: Será assinado todos os dias por muitos indivíduos, organizações e países nas suas decisões e actos. E são estas ratificações que validarão as grandes Convenções Quadro assinadas pelas Nações nos Fora Institucionais.

Até porque trazer interesses e convicções diversas a um encontro de Países e representantes de variadíssimos interesses, negociar um Contrato válido e aplicá-lo à escala do Planeta é muito mais do que encontrar um denominador comum entre as várias propostas e desenhar uma política seguida mundialmente por Governos, Cidadãos e outras Entidades, tanto mais que a justa medida não é conhecida e as linguagens utilizadas, as convicções de origem e o que relativamente se perde e se ganha pelos Actores em cada acordo é diferente.

Além destas dificuldades, para muitos seres humanos que são quotidianamente afectados e/ou agredidos pelas consequências dos desequilíbrios de raíz antropogénica, desde a má qualidade da água, da miséria, à perda de competitividade reprodutora da espécie humana, estes problemas nem são percebidos enquanto tal. A perda de qualidade de vida, ou de liberdade, ou de direito à existência pode até ser encarada como uma fatalidade justificada por motivos religiosos e culturais. O potencial de participação e de responsabilização de milhares de milhões de pessoas e de entidades jurídicas será reduzido ou nulo, seja-o por ignorância, por impotência, desinteresse, descrença ou interesse adverso.

Para alterar esta ordem de coisas e conseguir as ratificações quotidianas do Contrato Intergeracional e Interespécies que garanta a Sustentabilidade no nosso Planeta é fundamental que se mantenham e incrementem os processos de:

  • recolha de informação;
  • investigação;
  • proposta de objectivos a atingir e de indicadores para controlo do Desenvolvimento Sustentável;
  • colaboração com o Cidadão, com a Escola, com a Empresa, com a Comunicação Social, com os Poderes Públicos, com as Associações, com as Ideologias e Políticas prevalecentes;
  • correcção de situações de desequilíbrio evidente de comportamentos anti-sustentáveis e não-sustentáveis;
  • avaliação e divulgação de resultados para análise e melhoria contínua;
  • participação e influência das tomadas de decisão.
É neste Quadro de Actividade que se define a Missão da Associação Internacional para o desenvolvimento Sustentável e para a Gestão das Mudanças Globais.


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MISSÃO

Esta é constituida por grandes linhas de intervenção no sentido da construção do Desenvolvimento Sustentável, tendo como princípio que o domínio de realização desta Missão não tem fronteiras geográficas mas reconhece o direito prevalecente e os sistemas de valores e culturas regionais bem como o direito ao sigilo e à privacidade, excepto quando em contradição com os Princípios do Desenvolvimento Sustentável e com as Instituições Legais Internacionais vigentes como as Convenções e Declarações Internacionais e com o Princípio da Precaucionaridade.

A Missão da AIDSGMG consiste assim em:

  1. Participar activamente dos Processos e Iniciativas para Definição de Indicadores e de Critérios para avaliar e promover o Desenvolvimento Sustentável, tendo em conta as diferenças culturais, económicas e as políticas nacionais, regionais e mundiais.
  2. Colaborar de forma activa na negociação de Instituições legislativas e de políticas em todos os níveis, desde o Local ao Global.
  3. Promover, colaborar e participar da maior distribuição possível de informação qualitativa sobre o Desenvolvimento Sustentável, dirigida por Sectores de interesse e por construção de opinião e obtenção de maior participação da Sociedade Civil.
  4. Colaborar com outras Instituições, Organizações e Empresas, Poderes Públicos e Cidadãos na identificação e correcção de situações de não-sustentabilidade e de risco de não-sustentabilidade, incluindo agressão a direitos universalmente reconhecidos.
  5. Colaborar e participar em todos os Projectos possíveis de implementação da Equidade e da Justiça, essenciais à construção de um Mundo Sustentável.
  6. Apoiar, promover e colaborar em Projectos de Investigação e de Experimentação de soluções, a qualquer nível, que contribuam para a maior Produtividade dos Recursos e para um aumento da Eco-eficiência das Actividades económicas e sociais.
  7. Apoiar, promover e colaborar em Projectos de melhoria da Qualidade de Vida das populações urbanas e não urbanas, com correspondência nos índices de produtividade de recursos face à Qualidade alcançada.
  8. Desenvolver e promover, em Projectos de Investigação próprios e/ou em colaboração, sistemas de Benchmarking globais e sectoriais, à Escala nacional, regional e global como referência para informação, enquadramento, comparação e avaliação de performance de qualidade, qualidade ambiental, segurança, eficiência energética, produtividade de recursos e sustentabilidade por parte das Organizações, Empresas, Cidadãos e Poderes Públicos que a eles queiram recorrer.
  9. Desenvolver Sistemas de Referência Normativa de Sustentabilidade. Regulamentados, verificáveis e auditáveis e de adesão voluntária.
  10. Promover a divulgação de um Relatório Mundial da Sustentabilidade, com regras a definir em colaboração com outras Entidades e absolutamente voluntário e não-governamental (se bem que sem exclusão de Governos que queiram participar), caracterizado por duas formas de apresentação:
  11. Exposição Mundial Visual da Sustentabilidade
  12. Painel da Sustentabilidade e Relatório conclusivo


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ESTRATÉGIA

 
 

De acordo com a análise estratégica realizada, as grandes linhas de orientação das Políticas e Planeamento de Actividades da Associação irão ser desenvolvidas por duas vias e duas Estruturas correspondentes:

  • IIDS - Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável - entidade jurídica e estatutariamente autónoma de que a ADSGMG é proprietária exclusiva e cujas Áreas de Intervenção serão:
  • Organização, Gestão e Financiamento de Projectos de Investigação e Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Aplicação-operacionalização, necessariamente multi/pluri e/ou interdisciplinares, em todo e qualquer domínio desde que tenham por objectivo contribuir para o Desenvolvimento Sustentável a qualquer escala e em qualquer região geográfica;
  • estes projectos dividir-se-ão em duas componentes:
  • investigação científica, tecnológica e aplicação-operacionalização com correspondência académica em Mestrado, Doutoramento e Pós-Doutoramento que serão concedidos pelo Instituto directamente ou em parceria com as Instituições Académicas de qualquer ponto do Globo asociadas nesse Programa de Investigação e Desenvolvimento e com reconhecimento universal;
  • investigação científica, tecnológica e de aplicação-operacionalização desenvolvida à margem de qualquer finalidade de reconhecimento académico;
  • cooperação com outras entidades no desenvolvimento de linhas e programas de investigação por estas propostos e desde que enquadrados no âmbito e objectivos do Instituto;
  • colaboração directa com a ADSGMG na organização conjunta de Seminários, Congressos, Workshops, Colóquios e Actividades formativas que correspondam aos objectivos globais das duas organizações.

  •  

  • IDS - Iniciativas para o Desenvolvimento Sustentável. Marca da Associação. Esta Marca representará a Associação em todas as suas iniciativas.

  • As iniciativas da Associação, cujo descrição e planeamento de curto/médio prazo se encontram mais adiante neste documento, têm por objectivo promover globalmente o desenvolvimento sustentável em todos os seus componentes culturais, sociais, económicos, ecológicos, técnicos e científicos.

    Para alcançar estes objectivos, a Associação está e deverá estar permanentemente consciente dos fenómenos sociais e das tendências da socioesfera humana, sem dúvida decisivos para o futuro da Biosfera tal como a conhecemos.

    Com um tal âmbito, são necessárias opções.

    A estratégia da Associação e os seus Objectivos levam-na, imperativamente, a orientar a sua estratégia no sentido de preencher algumas lacunas que se fazem sentir no Desenvolvimento Sustentável.

    Assim, embora a sua actividade directa e por colaboração se estenda gradualmente a todo o Globo, a Associação promoverá tendencialmente, em primeiro lugar de qualquer processo, a área geográfica do Sul da Europa e os Países de Língua Oficial Portuguesa, os Países Latino-Americanos e os ACP em geral, estendendo-se depois às Economias em transição e aos Países mais Industrializados.

    Por princípio, todas as actividades terão como primeiro País destinatário, Portugal e regiões Autónomas.

    A Associação irá progressivamente, desenvolver Polos e abrir Centros, Delegações e Filiais em vários Países. Se possível, em todos.

    Nesta data, a Associação dispõe de Polos em Lisboa e Porto, devendo expandir-se no médio prazo para uma cobertura do País através das Instituições Universitárias já existentes.

    De acordo com a filosofia prevalecente os primeiros Centros serão abertos nas Regiões Autónomas Portugesas, nos Países Latinos e nos Países de Língua Oficial Portuguesa.

    Estes movimentos projectam-se para um horizonte de longo e muito longo prazo, cujo processo de planeamento não se enquadra nesta apresentação.

    Mas os pressupostos do processo enquadram-se nesta apresentação e são decisivos para uma compreensão mais abrangente da lógica de planeamento e design de actividades.

    O conceito de desenvolvimento sustentável está associado a uma noção básica que entrou no quadro referencial do conhecimento de grande número de pessoas e é transmitido e reproduzido no Ensino em quase todos os Países do Mundo, senão mesmo em todos.

    A este conceito associam-se, entre outras, as ideias chave de equidade, ecologia, alterações climáticas, biodiversidade, poluição, qualidade de vida, direitos humanos, oceanos, sobrevivência das espécies, hábitos de consumo, exaustão de recursos do Planeta.

    Neste contexto, foram surgindo iniciativas de carácter internacional com âmbito de acção cada vez mais global, cuja iniciativa mais mediática foi sem dúvida a Conferência da Terra no Rio de Janeiro em 1992, conhecida por United Nations Framework Convention for Climate Change (UNFCCC).

    Esta Convenção internacional é a primeira protagonista entre as várias Instituições Internacionais globais, cujos objectivos são assegurar mundialmente sistemas coordenados de acção e compromissos de reorientação das actividades humanas que põem em causa a sobrevivência dos ecossistemas, das espécies e das condições de existência das gerações futuras da humanidade.

    De facto, as alterações climáticas são um fenómeno mundial de causas maioritariamente antropogénicas, associadas tanto a linhas de desenvolvimento social e tecnológico ineficientes e ao consumo nas Sociedades mais industrializadas, quanto associadas:
     

    • à miséria e procura desesperada de alimentos;
    • à ineficiência das estruturas políticas e sociais de Países em desenvolvimento;
    • à transferência de tecnologia e de processos produtivos as is, indesejáveis ou não legalmente possíveis nos Países desenvolvidos, para os Países em vias de desenvolvimento.


    Com a primeira Conferência da UNFCCC no Rio de Janeiro em 1992 iniciou-se um processo que, em 1997, teve como corolário a assinatura por 150 Países na Cidade Japonesa de Kyoto do Protocolo com o mesmo nome.

    Com a UNFCCC e com a Assinatura deste Protocolo que se pretende brevemente ratificado, abriram-se janelas de oportunidade únicas para o desenvolvimento equilibrado em todo o Mundo.

    Alimentado por uma forte componente de pragmatismo, o Protocolo de Kyoto associa numa fórmula de Mercado - e portanto desejável e aceitável pelos Países Industrializados e pelas suas Sociedades:
     

    • objectivos e caminhos de eficiência ecológica aplicáveis ao modo de vida e desenvolvimento nestes mesmos Países;
    • objectivos de desenvolvimento sustentável global que afectarão positivamente os Países em desenvolvimento, para onde se transferem progressivamente os grandes processos produtivos de grande consumo e carga poluente e, igualmente, onde são destruídas por variadas causas as Grandes Florestas tropicais e se verificam processos de degradação do uso do solo e consequente aumento da desertificação.


    O Protocolo de Kyoto veio abrir um mercado emergente em que o Desenvolvimento Sustentável é o resultado da produção e comercialização da eco-eficiência e é resultado, igulamente, do fim da exploração descontrolada de produtos e serviços fornecidos gratuitamente pelo meio ambiente.

    Uma das consequências desta mudança será a melhoria da qualidade de vida em Sociedades como a nossa: menor poluição atmosférica, melhor índice de qualidade da água, menor contaminação dos alimentos com produtos tóxicos de vida curta e substâncias persistentes, maior qualidade urbana e social...

    Neste contexto, que como descrevemos sinteticamente, associa a oportunidade de desenvolvimento sustentável a oportunidades de mercado, surgem as figuras de objetivos definidos para nações e grupos de nações - caso da União Europeia - e de compromissos assumidos por Países -entre os quais Portugal - por exemplo - internacionalmente.

    E é uma vez mais reconhecido o direito de ingerência no espaço soberano dos Países por efeitos de incumprimentos vários de obrigações assumidas e de controlo e verificação do cumprimento desses objectivos.

    Neste quadro de mercado, os países são agentes no jogo do desenvolvimento com regras, oportunidades e penalizações.

    Mas uma das grandes penalizações será, logicamente, o não aproveitamento das oportunidades que neste Quadro se desenham.

    Existe alguma tendência - por razões que não queremos nem devemos de forma alguma explorar na nossa estratégia - para que algumas nações e indivíduos caiam sistematicamente no que se convencionou designar por social trap, o mesmo é dizer que não assumindo uma decisão que implica algum custo imediato, se vem a sofrer posteriormente um custo muito maior e mais abrangente.

    No próprio Protocolo de Kyoto e nos desenvolvimentos subsequentes ficou clara e registada a consciência de que a participação dos Países em Desenvolvimento só será possível por criação de capacidade e disponibilização de meios. Num contexto de mercado em que existe interesse em conseguir essa participação, estão facilitadas as vias negociais para o conseguir.

    Mas, nas tendências globais do mercado emergente, é já visível o atraso no arranque de muitas nações, por opção, por dificuldades , por desinteresses vários e por falta de informação.

    Também, no Quadro dos Países desenvolvidos que - sem excepção - têm responsabilidades de colaboração bilateral e multilateral com Países em desenvolvimento, alguns já perderam dois anos de experiência na fase piloto de teste dos novos mecanismos de mercado.

    E nós, Sociedade Civil envolvida, não podemos permiti-lo, porque nessa perda incluem-se:
     

    • qualidade de vida;
    • condições estruturais de futuro culturais, institucionais e sociais;
    • restabelecimento de condições de equilíbrio eclógico;
    • desenvolvimento económico;
    • sustentabilidade entre gerações.


    Os Países latinos e os Países da Europa do Sul, em geral, fazendo parte dos Países Desenvolvidos, constituem um grupo em competição aberta por níveis de produtividade, rendibilidade, qualidade e eficiência similar à dos Países mais desenvolvidos. Esta competição verifica-se em todos os níveis, desde o institucional ao empresarial, ao desportivo, ao cultural e à equidade.

    Neste esforço de desenvolvimento verificam-se - necessariamente - assimetrias na evolução dos vários factores da Sociedade e, por força de condicionalismos do crescimento que não cabe descrever neste documento, cada unidade de riqueza produzida apresenta um nível de produtividade dos recursos utilizados preocupantemente inferior ao do obtido pelos Países mais desenvolvidos. Como consequências:
     

    • menor eficiência implica maior consumo;
    • maior consumo sem correspondência produtiva implica maior desperdício;
    • maior desperdício significa maior custo de produção e maior custo de redução do impacto ambiental do desperdício;
    • mais desperdício e menor eficiência significam em contexto de mercado perda de comércio, perda de valor, perda de qualidade de vida, desvio de recursos para factores produtivos que o exigem e não para desenvolvimento, não para melhoria de equidade, não para aumento de qualificação dos recursos humanos e para preservação ambiental, perda de imagem.


    Com a integração na União Europeia, desenhou-se para os Países da Europa do Sul um Quadro onde as regras do mercado e a filosofia do Bloco económico, geográfico e político que esta constitui justificaram uma intervenção correctora da economia, através de mecanismos como os Fundos Estruturais Comunitários, destinados a eliminar factores de distorção do mercado e consequentemente melhorar e alterar as performances das economias mais fracas da União à luz dos interesses globais do Bloco em si mesmo e relativamente a outros Blocos e outros mercados, Sector a Sector: Industrial, Serviços, Qualificação profissional laboral, etc., com consequente melhoria global da situação Social, naturalmente com assimetrias e consequências de curto prazo negativas em alguns sectores e positivas noutros.

    Este foi, de resto, um dos Objectivos da Integração.

    O esforço de competitividade destes Países tem agora um reforço potencialmente muito mais interessante no Quadro da Bolha Europeia, negociada em Kyoto, e no Quadro Global dos novos mercados decorrentes do Protocolo e dos seus Mecanismos.

    Por força da sua situação em termos de eficiência em todos os Sectores industriais e de serviços considerados críticos no contributo para a formação de gases com efeito de estufa, assim como pela sua posição individual na distribuição interna de quotas de emissão autorizadas, os países Latinos e do Sul da Europa apresentam-se como alguns dos potenciais maiores beneficiários deste mercado em termos proporcionais.

    Isto significa para todos os Sectores envolvidos - produção enrgética - transportes de passageiros e de mercadorias, reestruturação urbana, agricultura e florestas, indústria transformadora em geral e serviços oportunidades únicas de desenvolvimento na direcção certa: a da sustentabilidade.

    É igualmente uma grande oportunidade para uma maior integração com Países mais desenvolvidos e para uma maior cooperação com Países menos desenvolvidos.

    Não entraremos em detalhe sobre a multiplicidade de formas e de processos pelos quais o Protocolo de Kyoto afectará as nossas vidas, mas podemos referir que os Mercados emergentes dos Mecanismos do Protocolo possuem um valor de comércio estimado - por exemplo pela UBS (Suíça) - em 900,000 milhões de USD/ano até 2017.

    Para Países como Portugal, Espanha, Grécia, com o seu potencial actual, este Mercado pode significar um fluxo financeiro gerador de capital fixo, de capital humano, de capital institucional e, por consequência, gerador de qualidade de vida em todos os níveis, superior talvez ao movimentado pelos Fundos Estruturais que durante três Quadros Comunitários de apoio foram e serão canalizados para estes Países e, seguramente, com consequências mais sustentáveis e duradouras.

    Mesmo sem Kyoto, a Estratégia da ADSGMG através da IDS consistiria em desenvolver actividades que por si só contribuissem para o aumento da capacidade competitiva dos Agentes Económicos nestes Países no sentido da sustentabilidade, da equidade, da qualidade de vida económica, social e cultural, da formação humana, da recuperação do equilíbrio ecológico.

    Com Kyoto, esta estratégia é reforçada por um conjunto de meios de acção e por condições de mercado extremamente favoráveis, com abertura de oportunidades de negócio inovadoras e novos horizontes de desenvolvimento.

    A ADSGMG utilizará todos os meios ao seu alcance para promover o desenvolvimento eficiente e sustentável.

    Portugal surge no início da cadeia de acção, na medida em que constitui dentro da União Europeia o País com maior potencial de aproveitamento destas oportunidades.

    A Direcção da ADSGMG
     
     

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